segunda-feira, 15 de junho de 2015

Se Jesus voltasse...

A poucos dias atrás, li um texto na página "Quebrando o Tabu", no Facebook [1], sobre a experiência de vida de uma pessoa com relação à religiosidade.

Ao final do texto, essa pessoa falou que a mensagem de Jesus tinha sido *AMEM*.

Não *AMÉM*.

*AMEM*, mesmo - imperativo do verbo *AMAR*.

Sacada extraordinária.

Resumiu o que venho pensando sobre o exercício da religiosidade nos últimos tempos.

Considerando que Jesus tenha existido, ao menos como figura histórica, sua mensagem foi exatamente essa: AMEM.

Apenas uma especificação: "Amem uns aos outros, como eu vos amei."

Mas de alguma forma, no meio do caminho, a mensagem que significava:

-
Respeito e solidariedade ao próximo,

Compaixão para com os que sofrem e passam por necessidades,

Tolerância com o diferente,

Não julgamento do outro,

Perdão,

Rechaço da desigualdade e da ostentação,
-

Tudo isso virou:

-
Intolerância,

Preconceito,

Amor apenas próprio e aos semelhantes,

Julgamento e condenação do que é diferente,

Imposição da crença aos outros,

Ou seja, ame apenas aqueles que pensam como você, vivem como você, se vestem como você, e acreditam no que você acredita.
-

Muitos parecem ter esquecido que Jesus defendia todos os relegados e maltratados pela sociedade, e amava e aceitava todos *sem distinção*...

Na verdade, se Jesus voltasse, ficaria de cabelo em pé ao saber quem e o que se fala em nome dele hoje em dia.

Se um dia considerou voltar, a essa altura, já deve ter desistido.

Levaria mais uns 2 mil anos pra explicar pra essa gente toda o quanto eles entenderam errado a mensagem!

Isso se conseguisse escapar de ser linchado, acusado de comunista ou "bolivarianista", como se costuma dizer hoje em dia...


[1] https://www.facebook.com/quebrandootabu/posts/901625409893847

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